Suponhamos que você queira adquirir uma casa, mas não dispõe do montante total no momento. O que fazer? Uma alternativa é procurar uma instituição financeira que possa intermediar essa compra, processo comumente chamado de financiamento.
Já uma segunda opção, livre de juros e sem necessidade de entrada imediata, pode ser o consórcio. Contudo, esse método requer paciência, já que a aquisição do bem desejado pode demorar um pouco mais.
Então, frente a essas opções, surge a pergunta: o que distingue o consórcio do financiamento?
Acompanhe conosco e esclareça suas dúvidas, facilitando sua escolha ao investir!
O que é o financiamento imobiliário?
Quando falamos sobre a compra de propriedades no Brasil, o financiamento imobiliário é, sem dúvida, um dos principais meios de aquisição.
Basicamente, o processo ocorre da seguinte maneira: o indivíduo solicita a uma instituição bancária um crédito para adquirir um determinado imóvel. Caso sua proposta seja aceita, o banco fornece o montante solicitado, permitindo ao cliente concretizar a compra.
Desse modo, o cenário se desenha assim: o potencial comprador identifica o imóvel de interesse e, munido do valor concedido pelo banco através do financiamento, efetua o pagamento ao vendedor.
O compromisso financeiro do comprador, a partir desse momento, passa a ser com a instituição financeira, pagando em prestações a dívida adquirida.
Importante ressaltar que, para obter o financiamento, é necessário apresentar uma documentação específica e demonstrar capacidade financeira.
Como o financiamento imobiliário realmente opera?
Visualizando em termos simples, o financiamento imobiliário é comparável a um empréstimo bancário.
O interessado se dirige a uma instituição financeira, solicita um montante para aquisição da propriedade e, uma vez aprovado, paga ao vendedor.
Logo após, caso a propriedade esteja disponível, a posse é transferida ao novo proprietário, que deverá arcar com prestações mensais ao banco.
Comumente, as instituições bancárias financiam cerca de 70% a 80% do valor total da propriedade, independentemente de sua condição (novo, em obras, usado).
Assim, o aspirante a proprietário deve possuir uma entrada, que geralmente varia entre 20% e 30% do valor total do imóvel.
O processo de financiamento tem algumas fases cruciais. Entre elas, destacam-se:
- Seleção da propriedade desejada;
- Submissão à avaliação de crédito pelo banco;
- Vistoria da propriedade em questão;
- Análise legal e documental;
- Formalização do contrato de financiamento;
- Registro legal do imóvel no nome do comprador.
O que é e como funciona o consórcio imobiliário?
O consórcio habitacional se apresenta como uma modalidade coletiva de aquisição imobiliária, na qual uma administradora congrega indivíduos com um objetivo similar: a compra de uma propriedade.
Neste esquema, os consorciados contribuem mensalmente para um fundo coletivo. Mensalmente, através da soma destas contribuições, é gerado um montante suficiente para contemplar um ou mais membros do grupo com a chamada “carta de crédito”, que equivale a um “vale-imóvel”.
A determinação de quem é contemplado se dá através de sorteios periódicos realizados pela administradora.
Existe também a figura dos lances, uma espécie de “leilão”, no qual o membro que propõe antecipar o maior número de prestações ganha o direito à carta.
Caso um consorciado não seja contemplado por sorteio ou lance, ele terá sua carta garantida ao final do período estabelecido.
Como atua o consórcio?
Na essência, o consórcio se configura como um agrupamento de pessoas que contribuem para um fundo mútuo. O propósito deste fundo é assegurar que, no decorrer de seu prazo, os participantes tenham acesso à carta de crédito para adquirir o imóvel almejado.
Ao iniciar um consórcio, se estabelece o montante da carta e o período de contribuição.
Mensalmente, a administradora seleciona, via sorteio, um ou mais membros para serem contemplados. Aquele que é sorteado obtém a carta de crédito, podendo escolher o imóvel de sua preferência.
Existe ainda o mecanismo dos lances. Imagine que, em uma das assembleias, você decide oferecer um montante além de sua contribuição mensal. Caso sua oferta seja a mais alta, a carta de crédito é sua.
Um exemplo facilita a compreensão: suponha um consórcio cuja carta vale R$ 200 mil. Durante uma assembleia, você decide ofertar um lance de R$ 100 mil. Se sua oferta for a mais atraente, a carta de crédito é concedida a você.
No entanto, é vital lembrar: a contemplação não isenta o pagamento das demais mensalidades. O consorciado precisa quitar todas as prestações, garantindo a contemplação dos demais membros.
Até a quitação completa, o imóvel figura como alienado, pertencente à administradora do consórcio. Este arranjo visa proteger o grupo, pois, em situações de inadimplência, o imóvel pode ser retomado pela administradora.
Quais as principais diferenças?
Ao comparar o financiamento imobiliário com o consórcio, existem diversas diferenças cruciais que impactam na decisão de qual modalidade escolher.
Aqui estão as principais diferenças entre essas duas opções:
1. Natureza da operação
- Financiamento: Funciona como um empréstimo. O banco ou a instituição financeira paga ao vendedor o valor do imóvel, e o comprador deve reembolsar essa quantia, acrescida de juros, ao banco.
- Consórcio: Não é um empréstimo. Trata-se de um grupo de pessoas que se juntam, administradas por uma empresa, para poupar dinheiro juntas. Mensalmente, uma ou mais pessoas são contempladas com uma carta de crédito para adquirir um imóvel.
2. Juros
- Financiamento: Exige pagamento de juros sobre o valor financiado.
- Consórcio: Não tem juros. No entanto, existem taxas administrativas e, em alguns casos, fundo de reserva.
3. Contemplação
- Financiamento: Assim que o financiamento é aprovado e o contrato assinado, o comprador pode adquirir o imóvel.
- Consórcio: A compra do imóvel só pode ser feita após a contemplação, que pode ocorrer por sorteio ou lance.
4. Valor da entrada
- Financiamento: Normalmente requer um valor de entrada, que varia conforme a instituição e as condições de financiamento.
- Consórcio: Não exige entrada. No entanto, lances podem ser feitos para tentar obter a carta de crédito mais rapidamente.
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